quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Papa explica “caminho da beleza” rumo a Deus

Arte é “porta aberta ao infinito”, segundo Bento XVI.A arte, em suas diversas expressões, é um caminho privilegiado para encontrar Deus, pois vai além da razão, transcende o sensível e fala do infinito.
Não é a primeira vez que o Papa fala do “caminho da beleza” como meio para aproximar-se de Deus. Já o fez durante seu encontro com os artistas de 21 de novembro de 2009, e em outras muitas ocasiões desde então, como durante a consagração da basílica da Sagrada Família de Gaudí.Em sua intervenção de hoje, o Pontífice quis falar da arte em relação à oração, um caminho rumo a Deus que, segundo ele, “o homem deveria recuperar em seu significado mais profundo”.
“Talvez já tenha lhes acontecido que, diante de uma escultura, um quadro, alguns versos de poesia ou uma peça musical, tenham sentido uma íntima emoção, uma sensação de alegria; percebem claramente que, diante de vocês, não existe somente matéria, um pedaço de mármore ou de bronze, uma tela pintada, um conjunto de letras ou um cúmulo de sons, e sim algo maior”, disse aos presentes.
Este “algo” “nos ‘fala’, é capaz de tocar o coração, de comunicar uma mensagem, de elevar a alma”.
Uma obra de arte, explicou o Papa, “é fruto da capacidade criativa do ser humano, que se interroga diante da realidade visível, que tenta descobrir o sentido profundo e comunicá-lo através da linguagem das formas, das cores, dos sons”.
“A arte é capaz de expressar e tornar visível a necessidade do homem de ir além do que se vê, manifesta a sede e a busca do infinito. Inclusive é como uma porta aberta ao infinito, a uma beleza e uma verdade que vão além do cotidiano.”
Por isso, acrescentou, “uma obra de arte pode abrir os olhos da mente e do coração, conduzindo-nos ao alto”.

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