quinta-feira, 31 de janeiro de 2013


São João Bosco

31 de Janeiro


São João BoscoNasceu perto de Turim, na Itália, em 1815. Muito cedo conheceu o que significava a palavra sofrimento, pois perdeu o pai tendo apenas dois anos. Sofreu incompreensões por causa de um irmão muito violento que teve. Dom Bosco quis ser sacerdote, mas sua mãe o alertava: "Se você quer ser padre para ser rico, eu não vou visitá-lo, porque nasci na pobreza e quero morrer nela".

Logo, Dom Bosco foi crescendo diante do testemunho de sua mãe Margarida, uma mulher de oração e discernimento. Ele teve que sair muito cedo de casa, mas aquele seu desejo de ser padre o acompanhou. Com 26 anos de idade, ele recebeu a graça da ordenação sacerdotal. Um homem carismático, Dom Bosco sofreu. Desde cedo, ele foi visitado por sonhos proféticos que só vieram a se realizar ao longo dos anos. Um homem sensível, de caridade com os jovens, se fez tudo para todos. Dom Bosco foi ao encontro da necessidade e da realidade daqueles jovens que não tinham onde viver, necessitavam de uma nova evangelização, de acolhimento. Um sacerdote corajoso, mas muito incompreendido. Foi chamado de louco por muitos devido à sua ousadia e à sua docilidade ao Divino Espírito Santo.

Dom Bosco difundiu amplamente os chamados "Oratórios". Catequeses e orientações profissionais foram surgindo para os jovens a partir de então. Enfim, Dom Bosco era um homem voltado para o céu e, por isso, enraizado com o sofrimento humano, especialmente, dos jovens. Grande devoto da Santíssima Virgem Auxiliadora, foi um homem de trabalho e oração. Exemplo para os jovens, foi pai e mestre, como encontramos citado na liturgia de hoje. São João Bosco foi modelo, mas também soube observar tantos outros exemplos. Fundou a Congregação dos Salesianos dedicada à proteção de São Francisco de Sales, que foi o santo da mansidão. Isso que Dom Bosco foi também para aqueles jovens e para muitos, inclusive aqueles que não o compreendiam.

Para a Canção Nova, para a Igreja e para todos nós, é um grande intercessor, porque viveu a intimidade com Nosso Senhor. Homem orante, de um trabalho santificado, em tudo viveu a inspiração de Deus. Deixou uma grande família, um grande exemplo de como viver na graça, fiel a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Em 31 de janeiro de 1888, tendo se desgastado por amor a Deus e pela salvação das almas, ele partiu. Mas está conosco no seu testemunho e na sua intercessão.

São João Bosco, rogai por nós!

Papa Fala sobre as Redes Sociais como ” novos espaços de evangelização”.



Redes Sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização

Amados irmãos e irmãs,

Encontrando-se próximo o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2013, desejo oferecer-vos algumas reflexões sobre uma realidade cada vez mais importante que diz respeito à maneira como as pessoas comunicam atualmente entre si; concretamente quero deter-me a considerar o desenvolvimento das redes sociais digitais que estão a contribuir para a aparição duma nova ágora, duma praça pública e aberta onde as pessoas partilham ideias, informações, opiniões e podem ainda ganhar vida novas relações e formas de comunidade.
Estes espaços, quando bem e equilibradamente valorizados, contribuem para favorecer formas de diálogo e debate que, se realizadas com respeito e cuidado pela privacidade, com responsabilidade e empenho pela verdade, podem reforçar os laços de unidade entre as pessoas e promover eficazmente a harmonia da família humana.
A troca de informações pode transformar-se numa verdadeira comunicação, os contatos podem amadurecer em amizade, as conexões podem facilitar a comunhão. Se as redes sociais são chamadas a concretizar este grande potencial, as pessoas que nelas participam devem esforçar-se por serem autênticas, porque nestes espaços não se partilham apenas ideias e informações, mas em última instância a pessoa comunica-se a si mesma.
O desenvolvimento das redes sociais requer dedicação: as pessoas envolvem-se nelas para construir relações e encontrar amizade, buscar respostas para as suas questões, divertir-se, mas também para ser estimuladas intelectualmente e partilhar competências e conhecimentos. Assim as redes sociais tornam-se cada vez mais parte do próprio tecido da sociedade enquanto unem as pessoas na base destas necessidades fundamentais. Por isso, as redes sociais são alimentadas por aspirações radicadas no coração do homem.
A cultura das redes sociais e as mudanças nas formas e estilos da comunicação colocam sérios desafios àqueles que querem falar de verdades e valores. Muitas vezes, como acontece também com outros meios de comunicação social, o significado e a eficácia das diferentes formas de expressão parecem determinados mais pela sua popularidade do que pela sua importância intrínseca e validade. E frequentemente a popularidade está mais ligada com a celebridade ou com estratégias de persuasão do que com a lógica da argumentação. Às vezes, a voz discreta da razão pode ser abafada pelo rumor de excessivas informações, e não consegue atrair a atenção que, ao contrário, é dada a quantos se expressam de forma mais persuasiva. Por conseguinte os meios de comunicação social precisam do compromisso de todos aqueles que estão cientes do valor do diálogo, do debate fundamentado, da argumentação lógica; precisam de pessoas que procurem cultivar formas de discurso e expressão que façam apelo às aspirações mais nobres de quem está envolvido no processo de comunicação.
Tal diálogo e debate podem florescer e crescer mesmo quando se conversa e toma a sério aqueles que têm ideias diferentes das nossas. «Constatada a diversidade cultural, é preciso fazer com que as pessoas não só aceitem a existência da cultura do outro, mas aspirem também a receber um enriquecimento da mesma e a dar-lhe aquilo que se possui de bem, de verdade e de beleza» (Discurso no Encontro com o mundo da cultura, Belém, Lisboa, 12 de Maio de 2010).
O desafio, que as redes sociais têm de enfrentar, é o de serem verdadeiramente abrangentes: então beneficiarão da plena participação dos fiéis que desejam partilhar a Mensagem de Jesus e os valores da dignidade humana que a sua doutrina promove. Na realidade, os fiéis dão-se conta cada vez mais de que, se a Boa Nova não for dada a conhecer também no ambiente digital, poderá ficar fora do alcance da experiência de muitos que consideram importante este espaço existencial. O ambiente digital não é um mundo paralelo ou puramente virtual, mas faz parte da realidade quotidiana de muitas pessoas, especialmente dos mais jovens. As redes sociais são o fruto da interação humana, mas, por sua vez, dão formas novas às dinâmicas da comunicação que cria relações: por isso uma solícita compreensão por este ambiente é o pré-requisito para uma presença significativa dentro do mesmo.
A capacidade de utilizar as novas linguagens requer-se não tanto para estar em sintonia com os tempos, como sobretudo para permitir que a riqueza infinita do Evangelho encontre formas de expressão que sejam capazes de alcançar a mente e o coração de todos.
No ambiente digital, a palavra escrita aparece muitas vezes acompanhada por imagens e sons. Uma comunicação eficaz, como as parábolas de Jesus, necessita do envolvimento da imaginação e da sensibilidade afetiva daqueles que queremos convidar para um encontro com o mistério do amor de Deus. Aliás sabemos que a tradição cristã sempre foi rica de sinais e símbolos: penso, por exemplo, na cruz, nos ícones, nas imagens da Virgem Maria, no presépio, nos vitrais e nos quadros das igrejas. Uma parte consistente do patrimônio artístico da humanidade foi realizado por artistas e músicos que procuraram exprimir as verdades da fé.
A autenticidade dos fiéis, nas redes sociais, é posta em evidência pela partilha da fonte profunda da sua esperança e da sua alegria: a fé em Deus, rico de misericórdia e amor, revelado em Jesus Cristo. Tal partilha consiste não apenas na expressão de fé explícita, mas também no testemunho, isto é, no modo como se comunicam «escolhas, preferências, juízos que sejam profundamente coerentes com o Evangelho, mesmo quando não se fala explicitamente dele» (Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011). Um modo particularmente significativo de dar testemunho é a vontade de se doar a si mesmo aos outros através da disponibilidade para se deixar envolver, pacientemente e com respeito, nas suas questões e nas suas dúvidas, no caminho de busca da verdade e do sentido da existência humana. A aparição nas redes sociais do diálogo acerca da fé e do acreditar confirma a importância e a relevância da religião no debate público e social.
Para aqueles que acolheram de coração aberto o dom da fé, a resposta mais radical às questões do homem sobre o amor, a verdade e o sentido da vida – questões estas que não estão de modo algum ausentes das redes sociais – encontra-se na pessoa de Jesus Cristo. É natural que a pessoa que possui a fé deseje, com respeito e tato, partilhá-la com aqueles que encontra no ambiente digital. Entretanto, se a nossa partilha do Evangelho é capaz de dar bons frutos, fá-lo em última análise pela força que a própria Palavra de Deus tem de tocar os corações, e não tanto por qualquer esforço nosso.
A confiança no poder da ação de Deus deve ser sempre superior a toda e qualquer segurança que possamos colocar na utilização dos recursos humanos. Mesmo no ambiente digital, onde é fácil que se ergam vozes de tons demasiado acesos e conflituosos e onde, por vezes, há o risco de que o sensacionalismo prevaleça, somos chamados a um cuidadoso discernimento. A propósito, recordemo-nos de que Elias reconheceu a voz de Deus não no vento impetuoso e forte, nem no tremor de terra ou no fogo, mas no «murmúrio de uma brisa suave» (1 Rs 19, 11-12). Devemos confiar no facto de que os anseios fundamentais que a pessoa humana tem de amar e ser amada, de encontrar um significado e verdade que o próprio Deus colocou no coração do ser humano, permanecem também nos homens e mulheres do nosso tempo abertos, sempre e em todo o caso, para aquilo que o Beato Cardeal Newman chamava a «luz gentil» da fé.
As redes sociais, para além de instrumento de evangelização, podem ser um fator de desenvolvimento humano. Por exemplo, em alguns contextos geográficos e culturais onde os cristãos se sentem isolados, as redes sociais podem reforçar o sentido da sua unidade efetiva com a comunidade universal dos fiéis.
As redes facilitam a partilha dos recursos espirituais e litúrgicos, tornando as pessoas capazes de rezar com um revigorado sentido de proximidade àqueles que professam a sua fé. O envolvimento autêntico e interactivo com as questões e as dúvidas daqueles que estão longe da fé, deve-nos fazer sentir a necessidade de alimentar, através da oração e da reflexão, a nossa fé na presença de Deus e também a nossa caridade operante: «Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine» (1 Cor 13, 1).
No ambiente digital, existem redes sociais que oferecem ao homem atual oportunidades de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Mas estas redes podem também abrir as portas a outras dimensões da fé. Na realidade, muitas pessoas estão a descobrir – graças precisamente a um contacto inicial feito on line – a importância do encontro direto, de experiências de comunidade ou mesmo de peregrinação, que são elementos sempre importantes no caminho da fé.
Procurando tornar o Evangelho presente no ambiente digital, podemos convidar as pessoas a viverem encontros de oração ou celebrações litúrgicas em lugares concretos como igrejas ou capelas. Não deveria haver falta de coerência ou unidade entre a expressão da nossa fé e o nosso testemunho do Evangelho na realidade onde somos chamados a viver, seja ela física ou digital. Sempre e de qualquer modo que nos encontremos com os outros, somos chamados a dar a conhecer o amor de Deus até aos confins da terra.
Enquanto de coração vos abençoo a todos, peço ao Espírito de Deus que sempre vos acompanhe e ilumine para poderdes ser verdadeiramente arautos e testemunhas do Evangelho. «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura» (Mc 16, 15).
Vaticano, 24 de Janeiro – Festa de São Francisco de Sales – do ano 2013.

Fonte: Blog do Carmadélio

“Pai, em vossas mãos colocamos nossas lágrimas, nossa dor", diz arcebispo de Santa Maria




Dom Helio Adelar Rupert, arcebispo de Santa Maria (RS), presidiu celebração fúnebre no domingo, 27 de janeiro, e deixou mensagem aos familiares lembrando que esta é hora de reativar a nossa fé e dizer: “Não entendemos, mas cremos no amor de Deus”.

Leia a homilia: 

Irmãs e irmãos amados do Senhor: Estamos profundamente consternados pela tragédia ocorrida ontem de madrugada em Santa Maria na Boate Kiss quando morreram 230 jovens. No sofrimento a comunidade cristã se reúne no Santuário Basílica para celebrar o Mistério Pascal do Senhor. Queremos adorar o Senhor, bendizer seu nome santíssimo, escutar sua Palavra e pedir misericórdia e força para este momento de tanta dor e imensos gestos de solidariedade. A Palavra de Deus nos fortalece na solidariedade, nos ilumina e nos dá força e esperança nesta hora dura da provação, da angústia e sofrimento. O Senhor está conosco.
Ele não abandona seu povo amado. É hora de silenciar e escutar a voz de Deus. É hora de reativar a nossa fé e dizer: “Não entendemos, mas cremos no amor de Deus”. É hora de não julgar e não condenar ninguém. Nem acusar, de sofrer em silêncio, na fé e no amor. É hora de dizer: “Eu creio, Senhor, mas aumenta a minha fé”. - Quando escutei perplexo, lá em Vitória do ES a notícia, após uma bela Missa com um grupo de irmãos bispos e a Capela Sagrado Coração de Jesus lotada, lembrei-me da dor das mães e dos pais e familiares dos jovens mortos.

Imaginei Maria Desolada que recebia Jesus morto descido da cruz em seus braços. Que dor! Que sofrimento! - Maria, porém, não se desesperou. Ela sabia que Jesus fora imolado pela nossa salvação. Nessa tragédia de Santa Maria, as mães, os pais, os irmãos, os parentes, os amigos não desesperamos, antes: - abraçamos esta dor, esta cruz e dizemos: “Pai, em vossas mãos colocamos nossas lágrimas, nossa dor, nossos sofrimentos. Que tudo seja instrumento de redenção. Tende misericórdia de nossos jovens. Perdoai seus pecados. Acolhei suas vidas, seus últimos desejos. Que nada se perca, mas tudo se transforme em misericórdia e redenção”.
Como irmãos de fé manifestamos aos pais, familiares e amigos nossa solidariedade, nosso apoio e oração. O que dizer nesta hora? Perguntei a um vizinho desconhecido ao lado no avião o que deverei dizer ao povo ? Ele me respondeu: “Consolo”. Sim. Queremos em nome do Senhor dar uma palavra de consolo, solidariedade e fazer nossa oração confiante. - Nesta hora olhamos para Jesus, nosso Deus e Senhor, nosso Salvador. - Olhamos para Maria Desolada: a Mãe que acolhe em seus braços seu Divino Filho morto na cruz por nosso amor, pela nossa salvação. - Olhamos para o alto, para o céu: nossa pátria definitiva. A terra não é nossa morada definitiva. Esta vida é passageira, é fugaz. - Olhamos para os valores que não passam: Deus não passa. O bem que fazemos, não passa.
O que levamos para a outra vida? Os bens? A beleza, a juventude? – Levamos somente o bem que fazemos e o quanto amamos. Que essa tragédia, que nos entristece profundamente, seja para todos um novo passo na fé e na esperança. Estamos no Ano da Fé e de Jornada Mundial da Juventude: Fé e Juventude: duas realidades que atingem nossas famílias, educadores, Igreja e sociedade. Pais e mães, irmãos em Jesus Cristo: reavivemos nossa fé na dor e na escola da esperança. Cristo Jesus caminha conosco. Ele ama nossos jovens. Ele os chama. Ele conta com a generosidade e o encantamento de nossos jovens. Jovens: orem, reflitam sobre o que Deus quer nos dizer com essa tragédia. Deus fala para as famílias, para as Igrejas e para toda nossa sociedade. Deus está nos falando muitas coisas. É hora de nos prepararmos todos para a imensa graça da Jornada Mundial da Juventude na Semana Missionária e na Jornada no Rio de Janeiro nos dias 23 até 28 de julho próximo com o Santo Padre. Depois dum grande sofrimento, certamente virão abundantes frutos e graças. Portanto, como não escutar a voz, os sinais de Deus Amor? Recorramos à Mãe Maria, Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças. Ela sabe nos escutar, ajuda a enxugar nossas lágrimas, consola nossas dores. Mãe de Jesus e nossa Mãe: ajuda-nos agora e sempre. Amém! .

Fonte: CNBB

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Mídia Social: espaço de evangelização


Monsenhor Claudio Celli e monsenhor Paul Tighe comentam a Mensagem do Papa para o 47 º Dia Mundial das Comunicações Sociais

A Mensagem do Papa Bento XVI para o 47 º Dia Mundial das Comunicações Sociais expressa uma "avaliação positiva", mas "não ingênua" do social media . Afirmou esta manhã monsenhor Claudio Celli, presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, na apresentação da Mensagem para os jornalistas credenciados na Sala de Imprensa do Vaticano.
De acordo com monsenhor Celli, o Santo Padre na sua Mensagem vê as novas mídias como oportunidade para "favorecer formas de diálogo e debate", com potencial de “reforçar os laços de unidade entre as pessoas e promover eficazmente a harmonia da família humana”.
Desde que "realizadas com respeito e cuidado pela privacidade, com responsabilidade e empenho pela verdade” porque “nestes espaços não se partilham apenas ideias e informações, mas em última instância a pessoa comunica-se a si mesma”.
Na dinâmica da mídia social, há um dimensão mais ampla que está inserida naquela “ainda mais rica e mais profunda” da “busca existencial do coração humano".
O responsável pelo Dicastério das Comunicações Sociais destacou a abordagem comedida do Santo Padre que não transcura "a voz discreta da razão" e a oportunidade que a rede possa ser um espaço de evangelização.
Se por um lado é rejeitada a agressividade com que, muitas vezes, os internautas se confrontam, e por outro favorecida a atitude de "diálogo, escuta e respeito pelo outro", não é necessário, disse Celli, ceder em um conceito equivocado de "tolerância", que quase sempre indica uma latente hostilidade, e não um acolhimento autentico.
Fazendo um balanço das primeiras seis semanas do perfil Twitter do Papa Bento XVI, monsenhor Celli disse que os followers do Papa chegam a dois milhões e meio, enquanto o perfil em latim - (@ Pontifex_ln) - ativado há poucos dias, já tem cerca de 10 mil usuários.
Quanto às mensagens hostis que às vezes aparecem no perfil do Twitter @pontefix, Celli disse: "Fomos pegos de surpresa”. O projeto de qualquer maneira vale à pena, disse o monsenhor, seja pelas "belas mensagens" de apoio ao Santo Padre, seja porque "se você quiser se comunicar com o homem de hoje," é oportuno fazê-lo através das novas tecnologias, com todos os riscos que isso comporta.
É melhor "estar presente do que estar ausente para evitar esses riscos", disse o responsável pelas comunicações do Vaticano. Quanto aos twits negativos, os moderadores optaram por cancelar apenas as "ofensas gratuitas", e manter as críticas mais ou menos respeitosas que, explicou Celli, "podem ​​representar ocasião de reflexão e crescimento”.
Respondendo a pergunta de um jornalista, monsenhor Celli assinalou que não será aberta uma página oficial no Facebook dedicada a Bento XVI, tratando-se de um social media de dimensão "pessoal", enquanto o Twitter é mais adequado para uma comunicação "institucional".
O monsenhor encorajou os seguidores do Santo Padre a "retwittar" as mensagens do Papa, lembrando que cerca de 7% dos usuários já o fazem.
A conferência de imprensa contou com a presença do monsenhor Paul Tighe, secretário do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, lembrando que a Internet é uma forma de comunicação determinada pelos próprios usuários, portanto, eles têm uma grande responsabilidade de transmitir "comunicações positivas" destinadas a "promover o bem-estar individual e social”.
Além disso, o ambiente digital não é "um tipo de mundo paralelo, ou apenas virtual", mas sim, um ambiente existencial onde as pessoas vivem e se movem", portanto, um “continente” onde a  “Igreja deve estar presente" e onde "os crentes, se querem ser autênticos na sua presença, devem buscar partilhar com os outros a fonte mais profunda de sua alegria e sua esperança, Jesus Cristo”.
Ao final, monsenhor Tighe mencionou o sucesso da página Facebook de News.va, através da qual os artigos do portal vaticano tem  "mais ressonância”. A este respeito, monsenhor Celli ressaltou que as notícias mais lidas no News.va são as de "conteúdo espiritual mais forte”.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Santa Sé elogia iniciativa de Obama para conter uso de armas nos Estados Unidos.




A Santa Sé recebeu positivamente a iniciativa do presidente estadunidense, Barack Obama, para travar a violência decorrente do uso de armas nos Estados Unidos, mas há ainda um longo caminho a se fazer.

Já em sua primeira Mensagem para o Dia Mundial para a Paz (2006), Bento XVI denunciou firmemente “o aumento preocupante das despesas militares” e o comércio de armas “cada vez mais próspero”.


Hoje, o Diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Padre Federico Lombardi, em seu editorial semanal ‘Octava Dies’, reafirma que as iniciativas anunciadas pelo governo estadunidense para restringir e controlar a proliferação e o uso de armas são certamente um passo na direção certa”.

O sacerdote estima que existem cerca de 300 milhões de armas em circulação no país e que ninguém deve se iludir pensando que bastaria limitar o número e o uso delas para impedir assassínios terríveis como os de Newtown no futuro. 

Recentemente, 47 líderes religiosos de várias confissões e crenças dirigiram um apelo aos deputados pedindo uma restrição do uso de armas, “que estão cobrando da sociedade um preço inaceitável em termos de tragédia e mortes insensatas. Eu estou com eles” – escreve Pe. Lombardi.

Por um lado, as armas podem ser vistas como um instrumento de legítima defesa, mas por outro, são certamente o principal instrumento de ameaças, violência e morte. Neste sentido, devemos repetir incansavelmente nossos apelos pelo desarme; contrastar a produção, o comércio e o contrabando de qualquer tipo de arma, que alimenta indignos interesses econômicos e de poder. As armas são sempre demais no mundo. Como disse há alguns meses Bento XVI, em vôo para o Líbano, estamos todos chocados com o que está acontecendo na Síria, mas as armas continuam chegando lá. A paz nasce do coração, mas será mais fácil obtê-la sem armas na mão” – conclui o jesuíta. 

O Presidente Obama está tentando obter o apoio para estabelecer a proibição da posse de armas de estilo militar e exigir o controle de antecedentes para todas as vendas de armas de fogo, mas enfrenta enérgica oposição no Congresso e de poderosos grupos lobistas. 

domingo, 20 de janeiro de 2013

A Festa de São Sebastião 2013 foi uma benção: as novenas sempre bem assistidas, muita fé e animação. Além disso, a capela de Melancias recebeu uma merecida reforma dando mais dignidade ao espaço celebrativo. A Festa se encerrou com uns "ensaios" de chuva, tão necessária para nosso povo. Acreditamos que a nossa devoção ao "Soldado da Fé" interceda ao nosso bom Deus por esse desejo para nossos agricultores. Que venha chuva!

Viva São Sebastião!







sábado, 19 de janeiro de 2013

Cão vai todos os dias à igreja em que sua dona foi velada esperando que ela volte.


Esta história ocorre na Itália.
O pastor alemão Ciccio, de 12 anos, é grande conhecido de todos na  Igreja de Santa Maria Assunta, na vila de San Donaci. Ele vai todos os dias à missa, mesmo que sua dona já tenha falecido há dois meses.
Maria Lochi, a dona, era conhecida por todos na comunidade por seu amor a cães e gatos. E ela levava Ciccio todos os dias à missa quando viva. O funeral dela foi na mesma igreja.
“Ele está aqui todas as vezes que eu celebro a missa e é muito comportado – não faz um barulho. Não ouvi nenhum latido dele em todo esse tempo. Deixo ele ficar aqui e nenhum dos fiéis nunca reclamou”, diz o padre Donato Panna ao Daily Mail.




Religiosa de 105 anos, sendo 86 deles na CLAUSURA: Sou feliz!


Irmã Teresita, uma religiosa cisterciense espanhola de 105 anos, que vive no Mosteiro de Buenafuente, na comunidade autônoma de Castilla-La Mancha, assegurou que no claustro “não se pode ficar entediada, por que se não você termina mal” e que “como poderia estar aqui 86 anos sem ser feliz?”.
Em uma entrevista Telefônica com o jornal espanhol Correo, a religiosa, batizada como Valeriana Barajuen González de Zarate, em 16 de setembro de 1903, assegurou que “a vocação é uma coisa muito grande e a perseverança não é menos”, embora tenha lamentado que muitas vezes “a vida de conforto prevalece sobre o ‘chamado’”.
Irmã Teresita ingressou no mosteiro aos 19 anos, depois de discutir com sua mãe, para agradar o seu pai, recorda.
“Fomos ver a padroeira de Álava, a Virgem Branca, e lhe pedi a vocação de Santa Teresa”, recordou, deixando para trás “três namorados”.
Entretanto, para a religiosa, “ainda que eu tivesse me casado com um príncipe não seria mais feliz que agora”.
“Eu queria a clausura e não uma comunidade de vida ativa”, assegurou ao jornal espanhol.
A religiosa, que chegou a ser abadessa do mosteiro, lembrou que até a guerra civil espanhola, na década de 1930, “a vida era muito diferente. Estávamos as monjas de coro, que trabalhávamos pela comunidade e as leigas. E meu pai dizia que as monjas não trabalhavam!”.
“Sempre foi tudo muito austero”, assinalou, recordando que “mudávamos o hábito uma vez ao mês e o ferro de passar roupa era um pequeno luxo, não como agora”.
A religiosa saiu do convento em duas ocasiões. A primeira durante a guerra civil, para acompanhar suas irmãs ao médico, e em agosto de 2011, para saudar pessoalmente ao Papa Bento XVI, durante sua visita a Espanha com ocasião da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Durante a viagem a Madri, a religiosa manteve os olhos fechados quase todo o tempo, para que nada a distraísse.
Apesar de sua avançada idade, Irmã Teresita se mantém informada sobre as notícias do jornal, com o que ficou sabendo da crise econômica e outras coisas e “a coisa da política”.
“Tenho que inteirar-me, não me vem mau, pois me dá mais motivo para rezar”, assegura.
Irmã Teresita envia sempre “anjos em lugar de orações” às pessoas com as que se encontra ou conversa, porque “os anjos se entendem com tudo”.
A religiosa acorda todos os dias às 5:00 da manhã e vai dormir às 10:00 da noite, dedicada à regra beneditina de “ora et labora”, reza e trabalha.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A DIOCESE GANHA DOIS ESPECIALISTA EM CATEQUESE


A Diocese de Santa Luzia de Mossoró ganhou, neste ultimo dia 16, dois Especialista em Catequese pela PUC de GOIÁS. São eles, Ir. Juliana Galeno (Coordenadora Diocesana de Catequese) e Pe. Maciel Rodrigues (Adm. paroquial de Apodi e assessor diocesano de Catequese).

Parabenizamos os dois nesta conquista ao longo de dois anos de estudo e dedicação e esperamos mais frutos na missão já realizada em nossa diocese. Deus abençoe!

terça-feira, 15 de janeiro de 2013


Pensamento do dia...


Nada te turbe, nada te espante. Tudo se pasa. Dios no se muda. La paciencia todo lo alcanza. Quien a Dios tiene nada le falta. Sólo Dios basta!”
“Nada te turbe. Nada te espante. Tudo passa. Deus não muda. A paciência tudo alcança. Quem a Deus tem, nada lhe falta. Só Deus basta!

Santa teresa de Jesus

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Egito: família presa por converter-se ao cristianismo.



A Corte Penal de Beni Suef – 115 km ao sul do Cairo -, condenou à prisão toda uma família por ter se convertido ao cristianismo.
Nadia Mohamed Ali e seus filhos Mohab, Maged, Sherif, Amira, Amir, e Nancy Ahmed Mohamed abdel-Wahab, foram condenados a 15 anos de prisão. Outras sete pessoas envolvidas no caso pegaram penas de cinco anos.
O caso de Nadia Mohamed teve início em 2004 quando, após sua conversão, ela e seus filhos decidiram trocar os nomes muçulmanos por nomes cristãos, com a ajuda de 7 funcionários do Escritório de Identificação, além de mudar de residência.
Nascida cristã, Nadia mudou de religião devido ao seu casamento. Com a morte do marido em 1991, decidiu retornar à religião de origem, incentivando seus 7 filhos a fazerem o mesmo. Em 2006 ela foi levada a um centro de informações da cidade, onde, após longo interrogatório, confessou a sua conversão e a mudança de nome. Foi então presa, junto com seus filhos e os 7 funcionários, responsáveis pela mudança no documento.
Na carteira de identidade egípcia é indicada a religião. Os cristãos convertidos ao islamismo e que posteriormente tentam retornar às suas religiões de origem, encontram enormes dificuldades para alterar seus nomes nos documentos, muitas vezes com ameaças de prisão. Já o processo inverso, isto é, passar do cristianismo ao Islã, não encontra nenhum obstáculo. (JE)
http://www.asianews.it/news-en/Egypt,-15-years-in-prison-for-mother-and-seven-children,-converts-to-Christianity-26860.html

Livro de histórias de vida de Dom Helder será lançado em Mossoró



Livro revela Dom Hélder Câmara
através de pequenas histórias

  
A Companhia Editora de Pernambuco – CEPE, lançou recentemente, no Recife, o livro Além das Idéias – Histórias de vida de Dom Hélder, do jornalista Félix Filho. Editado em parceria com o Instituto Dom Hélder Câmara, o livro apresenta o ex-arcebispo de Olinda e Recife de forma inovadora, através de pequenas histórias, no cotidiano de sua vida, nos relacionamentos com as pessoas, em gestos simples que encantam e relevam sabedoria, bom humor, simplicidade e fé.
 O jornalista Félix Filho nos leva a conhecer Dom Helder na intimidade, revelando histórias só conhecidas dos amigos mais chegados. A originalidade da publicação é apresentar Dom Hélder para além das suas idéias. “É como reencontrá-lo a andar a pé nas ruas ou sentar-se ao seu lado na salinha da Igreja das Fronteiras” explica Félix, que conviveu com o arcebispo como padre na Arquidiocese de Olinda e Recife.
 O autor reuniu diversas histórias que estavam guardadas na memória das pessoas que conviveram diretamente com Dom Hélder, ou mesmo espalhadas em livros publicados. “Meu compromisso foi o de pesquisar e escrever pequenas histórias que retratam como Dom Hélder vivia e agia. Fatos simples, corriqueiros, mas reveladores de uma personalidade impactante, de uma fé inabalável e, acima de tudo, de serviço ao Povo de Deus e amor aos pobres. Um São Francisco do nosso tempo”, afirma.

Lançamento- 25 de janeiro
Horário         20h
Local-  Museu Lauro da Escóssia

Calendário das Romarias 2013


sábado, 12 de janeiro de 2013

Iª Assembleia da Juventude 2013



A juventude mora no coração da Igreja e é
fonte de renovação da sociedade.
(Documento 85 – CNBB)


Quero saudar a cada um e cada uma que vêm protagonizando o trabalho de evangelização da juventude em nossa Diocese. Nos últimos anos, conseguimos plantar no coração das pessoas a esperança na juventude em conduzir o legado de nosso Senhor e a construção de um mundo melhor. Vivemos um tempo forte de Fé e Esperança, e nós jovens somos chamados a colaborar.
O ano de 2013 terá como foco central a JUVENTUDE. Por isso temos que nos preparar para este momento. Além de já estarmos vivenciando o Ano da Fé, também teremos a Campanha da Fraternidade, que abordará a Evangelização da Juventude; aSemana Missionária, que será um grande momento de levarmos Jesus Cristo a quem precisa, além de testemunharmos nossa Fé e nos prepararmos para a Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá no Rio de Janeiro.
Estamos a poucas semanas da nossa III Assembleia Diocesana da Juventude, que acontecerá nos dias 26 e 27 de janeiro de 2013, na Paróquia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição – Portalegre/RN. Conforme decidido em plenária na Assembleia passada. Gostaria de contar com a sua participação, pois ela é fundamental para a abrangência da evangelização da Juventude em nossa Diocese. Nosso encontro será marcado por formação, espiritualidade e lazer, além da convivência fraterna com os demais representantes e coordenadores.
Na pauta da nossa Assembleia está o Documento 85 – CNBB, que trabalharemos com o auxílio do Padre Tadeu Rocha (Diocese de Palmares – PE), articulador regional da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, na oportunidade também vamos debater assuntos referente ao calendário anual.


III Assembleia Diocesana da Juventude
Tema:
Evangelização da Juventude. Desafios e perspectivas pastorais
Local:
Paróquia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição – Portalegre/RN
Data:
26 e 27 de janeiro de 2013
Horário de Inicio:
9h00m (26/01)
Taxa:
R$ 30,00 (Trinta Reais)

Agradeço a vossa grandiosa colaboração e invocamos as bênçãos de Santa Luzia sobre V.


Francisco Fabiano de Brito
Coordenador do Setor Diocesano da Juventude

Grã-Bretanha: Mais de 1 milhão e meio de embriões humanos serão descartados.



O grupo  ACI informou que na Grã-Bretanha, o Ministro da Saúde irá descartar 1,7 milhões de embriões humanos criados por meio de fertilização in vitro.
Segundo a notícia, a Autoridade de Embriologia e Fertilização Humana (HFEA) informou que “os embriões desprezados já não são necessários para a pessoa ou casal no tratamento” e explicou que “nestas circunstâncias, pode-se decidir se deseja doar os embriões a um projeto de pesquisa a outro casal ou pedir à clínica que os destrua”.
Para o Deputado Alton, a maioria das pessoas não conhece a alta demanda de “destruição absoluta de embriões humanos” no Reino Unido e denunciou que este processo se faz em quantidades “industriais”.
No processo de fecundação in vitro, os embriões são criados a partir dos óvulos e do esperma masculino.
A doutrina católica se opõe a este procedimento por duas razões primordiais: primeiro, porque se trata de um procedimento contrário à ordem natural da sexualidade que atenta contra a dignidade dos esposos e do matrimônio.
Em segundo lugar, porque a técnica supõe a eliminação de seres humanos em estado embrionário tanto fora como dentro do ventre materno, implicando vários abortos em cada processo.
Fonte: Blog do Carmadelio

Pastoral da Pessoa Idosa de todo Brasil recorda Dra Zilda Arns


 A cada 12 de janeiro, a Pastoral da Pessoa Idosa de todo o Brasil realiza atividades e organiza iniciativas em memória da Dra. Zilda Arns, sua fundadora, morta no terremoto do Haiti, no dia 12 de janeiro de 2010.
Desta forma, os voluntários e amigos da PPI expressam a alegria, dedicação e esperança de continuarem firmes nesta missão iniciada por Dra. Zilda, de mãos dadas e com os olhos fixos em Jesus Cristo, continuamos sua obra, entre tantas, a Pastoral da Pessoa Idosa: uma experiência de FÉ a serviço da VIDA PLENA.
Que cada um de nós, que fazemos parte desta grande pastoral, que é a PPI, levemos em nosso coração a fé, a doação, a ternura, o amor e a mística que ela sempre colocou em seu trabalho missionário, sempre na certeza, de que no céu ela continua a interceder ao Bom Deus por nossa vida e missão.
Fonte: Pastoral da Pessoa Idosa
 

São Sebastião é celebrado...

 
Muitos fiéis em Caraúbas

 A Comunidade Católica do município de Caraúbas/RN deu início à Festa de São Sebastião 2013.
As festividades alusivas ao Padroeiro caraubense prosseguirão até o dia 20 com o tema "São Sebastião, um jovem testemunho de fé". 
 
Festa de São Sebastião em outras paróquias :
 Paróquia de Governador;
Paróquia de Encanto;
Cidade de João Dias, Tabuleiro Grande, Capela Ponta do Mel ( Areia Branca), Capela de Melâncias ( Apodi) e Capela Pró-Morar ( Santa Delmira).  

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Você “detesta” História? Sociedade desinteressada da história é propensa a manipulação ideológica, adverte-nos o Papa.



Ao receber no Vaticano aos membros do Comitê Pontifício de Ciências Históricas, o Papa Bento XVI advertiu que o “desinteresse pela história” produz uma sociedade “particularmente propensa à manipulação ideológica”.
Segundo o Papa, hoje não só se confronta “uma historiografia hostil ao cristianismo e à Igreja”, mas também “a historiografia de por si atravessa uma crise muito séria e deve lutar por sua existência em uma sociedade plasmada pelo positivismo e o materialismo; duas ideologias que levaram a um entusiasmo desenfreado pelo progresso (…) que determina a concepção da vida de amplos setores da sociedade. O passado se apresenta somente como uma escura cortina de fundo sobre o que resplandecem o presente e o futuro com enganosas promessas”.
“É típico desta mentalidade o desinteresse pela história que se traduz na marginalização das ciências históricas. Tudo isso produz uma sociedade que, esquecida de seu passado e desprovido portanto dos critérios adquiridos com a experiência, não é capaz de projetar uma convivência harmoniosa e um compromisso comum para realizar objetivos futuros. Uma sociedade como essa é particularmente propenso à manipulação ideológica”, indicou.
Do mesmo modo, advertiu que este perigo aumenta cada vez mais a causa “da excessiva ênfase dada à história contemporânea, sobre tudo quando as investigações estão condicionadas por uma metodologia inspirada no positivismo e a sociologia, ignorando outros âmbitos importantes da realidade histórica e inclusive inteiras épocas”.
“Embora não corresponde à história propriamente eclesiástica, a análise histórica forma parte da descrição do espaço vital onde a Igreja levou e leva a cabo sua missão através dos séculos”. “Sem dúvida, a vida e a ação eclesiástica foram sempre determinadas, facilitadas ou dificultadas pelos diversos contextos históricos. A Igreja não é deste mundo mas vive nele e com ele”, recordou.
Depois de assinalar que as ciências históricas são “um campo de grande interesse para a vida da Igreja”, o Papa recordou que foi Leão XIII quem, “perante uma historiografia orientada pelo espírito de seu tempo e hostil à Igreja abriu à investigação o arquivo da Santa Sé convencido de que o estudo e a descrição da autêntica história da Igreja não podiam pelo menos que ser favoráveis”.