domingo, 11 de agosto de 2013

O legado da JMJ


Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
Os mais de três milhões de pessoas, sobretudo jovens, no magnífico cenário da praia de Copacabana, a presença carismática institucional e pessoal do Papa Francisco, suas palavras simples e diretas, a confraternização entre jovens de 180 nações presentes, o respeito das autoridades civis, a ordem, a paz, a ausência de ocorrências policiais, o clima religioso de oração, o entusiasmo, alegria da juventude e sua comoção até às lágrimas, a disponibilidade e abnegação dos 60 mil voluntários, o testemunho sincero dos estrangeiros, a afluência dos jovens brasileiros do Oiapoque ao Chuí, a calorosa acolhida feita aos visitantes, a presença de 800 Bispos e Cardeais, de milhares de padres, seminaristas e religiosas, as 900 catequeses dadas pelos Bispos nas diferentes Igrejas, as exposições, a belíssima e artística Via-Sacra, as Santas Missas, etc. ficarão para sempre gravadas no coração de todos, católicos ou não. Honra seja feita à Igreja Católica capaz dessa mobilização com tais características!
“Não sou católica, mas a passagem do Papa Francisco pelo Rio me comoveu. Mais que uma mensagem de fé e esperança, o Papa Francisco é um exemplo vivo de sabedoria, simplicidade e caridade. Sua Santidade fez um milagre: com seus 76 anos, contagiou todas as faixas etárias, todos os diferentes credos e nos possibilitou viver, em apenas sete das, a Sexta-Feira da Paixão de Cristo, a Páscoa, o Corpus Christi e o Natal. A Jornada Mundial da Juventude é a maior demonstração de esperança que Sua Santidade deposita, em especial no jovem, para um futuro melhor. Tenho 18 anos, e aí eu me enquadro”, escreveu uma leitora de Niterói (O Globo, 29/7/2013, pág. 13).
“Tanto a visita do Pontífice como a Jornada Mundial da Juventude deixaram lições também para ateus... Diferentemente das aglomerações públicas a que nos acostumamos no Brasil recente, aquela multidão, heterogênea na procedência e homogênea no estado de espírito, não intimidava, não desassossegava... O ímpeto inicial e a liga de cimento que mantinham a coluna de peregrinos unida na mesma trajetória era, inegavelmente, a fé cristã. Mas o impacto redentor da manifestação maciça de boa vontade não se restringia à alma católica: os descrentes não se sentiram deslocados no Rio nos dias em que a cidade foi o centro do catolicismo...” (Artigo de Berilo Vargas, jornalista; O Globo, 29/7/2013, pág. 4, artigo: “Sua Simpaticíssima Santidade: lições a ateus”).

No lado material e financeiro, dados do Ministério do Turismo revelam que dois milhões de turistas estiveram no Rio durante a JMJ, movimentando R$1,2 bilhão na economia da cidade, um recorde de visitação no país, o que supera em muito os gastos investidos na Jornada. Além disso, segundo a mesma fonte, 93% dos turistas vindos de 170 países pretendem voltar para conhecer melhor o Rio: grande benefício para o turismo. Os seis mil jornalistas de mais de 70 países que cobriram a Jornada, levaram ao mundo inteiro, assim como os visitantes, o saudável impacto espiritual, religioso, artístico e ordeiro que o Rio de Janeiro lhes ofereceu.

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