terça-feira, 4 de outubro de 2011

ESPANHA: IGREJA AJUDA CASAIS EM DIFICULDADE, 80 POR CENTO SUPERAM A CRISE, AFIRMA ESTUDO


Uma recente pesquisa indica que 80 por cento dos matrimônios que vão aos Centros de Orientação Familiar (COF) da Igreja Católica conseguem superar seus problemas, conforme assinala a perita em Psicoterapia Breve e orientadora familiar Marta Pedraz no número deste mês da revista Palavra, diante do aumento de 3,9 por cento em 2010 das rupturas matrimoniais na Espanha, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) da Espanha.

“A orientação familiar é uma disciplina terapêutica com técnicas e métodos específicos, que busca ajudar os casais e as famílias a superarem as dificuldades, a sanar as relações disfuncionais e a fortalecer os vínculos”, explica.

Além disso, Pedraz indica que as rupturas matrimoniais têm “conseqüências nefastas” pois, conforme assinala, citando os resultados de um estudo da Union des Familles da Europa, 88 por cento dos filhos adultos de pais separados ou divorciados diz que a separação de seus pais supôs um trauma para eles.

“Uma vez superado o sofrimento, alguns tinham aprendido a ser mais flexíveis ou amadurecidos, mas outros tinham perdido a esperança de alcançar a felicidade em casal. Outros, enfim, experimentaram depressão, anorexia ou falta de confiança em si mesmos”, acrescenta.

Por outra parte, destaca a pesquisa que um 56 dos pesquisados sentiu depressão, desmotivação e dificuldades de concentração nos estudos, e que 41 por cento experimentou falta de confiança, paralisia, ansiedade e instabilidade ao confrontar a vida profissional.

Ante esta situação, Pedraz assinala que os COF da Igreja ensinam aos casais a “ajudar-se a si mesmos na superação de suas dificuldades” tentando “contribuir a sanar e reforçar o vínculo conjugal” e “entrelaçar de novo as duas biografias”.

Veja essa outra notícia:

O Instituto de Política Familiar (IPF), presidido por Eduardo Hertfelder, revelou que apesar do aumento do número de lares na Espanha que já supera os 17 milhões a tendência do número de filhos decresce de maneira preocupante.

Conforme revelou o IPF se esta tendência continuar, em 2019 os lares espanhóis terão menos de 2,3 membros, em 2025 alcançarão os 2 membros por lar e aumenta cada vez mais o número de pessoas que vivem sozinhas.

Segundo cifras proporcionadas pelo IPF na atualidade em apenas 19 anos (1991-2010) o número de lares cresceu em mais de 5,5 milhões e passou de 11,5 milhões de lares a mais de 17 milhões, o que representa um aumento de quase o 50%.

Hertfelder explicou que embora haja cada vez mais lares, estes estão se convertendo em lugares vazios de filhos onde a média é de somente 2,68 membros por lar.

Atualmente nenhuma comunidade autônoma chega a 3 membros por lar. O País Basco tem 2,49 membros; Asturias 2,52, Aragón 2,56 e Rioja 2,58.

Conforme explica o Presidente do IPF as razões deste decréscimo se centram na queda da natalidade espanhola que reduziu o tamanho das famílias e dos lares; um custo cada vez mais elevado solo fomenta um aumento do custo da moradia, os problemas das moradias ocasionam um obstáculo para as famílias que querem ter vários filhos e necessitam moradias de maior tamanho.

Na atualidade 2 milhões e meio de espanhóis vivem sozinhos, já sejam pessoas idosas ou provenientes de famílias desestruturadas.

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